Mais de 300 prefeituras da Bahia fecham as portas em protesto contra queda de repasses federais
“Nós precisamos de imediato de um recurso injetado nos municípios para que possamos fazer com que os nossos munícipes vivam melhor e que nós consigamos manter os empregos já existentes”, disse o presidente da UPB, Quinho Tigre (PSD), prefeito de Belo Campo.
Mais de 300 prefeituras baianas fecharam as portas nesta quarta-feira (30), em protesto contra a queda nos repasses federais, o que tem provocado em uma série de transtornos para os municípios. A principal redução tem sido do Fundo de Participação dos Municípios, que é transferido pelo governo federal e representa a principal fonte de receita das cidades menores, especialmente.
Entre prefeitos, há uma preocupação com as contas. Alguns falam que não estão conseguindo honrar com as obrigações e alertam para a possibilidade de não conseguirem pagar os salários dos servidores. “Nós precisamos de imediato de um recurso injetado nos municípios para que possamos fazer com que os nossos munícipes vivam melhor e que nós consigamos manter os empregos já existentes”, disse o presidente da União dos Municípios da Bahia, Quinho Tigre (PSD), prefeito de Belo Campo.
“O que nós queremos é uma injeção de recursos na veia dos municípios em caráter emergencial e pode ser feito por meio do Apoio Financeiro aos Municípios. Basta o governo federal se disponibilizar e ter interesse em ajudar os municípios. Senão alguns serviços vão parar, municípios terão dificuldades com a folha de pagamento, o que infelizmente vai trazer muitos transtornos não só para o setor público mas também privado”, acrescentou.
Além da paralisação das atividades nesta quarta, prefeitos partiram em marcha para Brasília, onde vão vão pressionar o Congresso pela aprovação do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento para 17 setores prevendo a redução da alíquota de contribuição previdenciária de todos os municípios do país.
Segundo a UPB, na Bahia, de cada 10 municípios, 6 têm até 20 mil habitantes e não possuem receita própria, o que significa uma dependência ainda maior do FPM, que vem registrando queda se comparado ao ano passado e acrescido a inflação. Quando somados os municípios de menos de 50 mil habitantes no estado, corresponde a 375 municípios baianos (89,92%).
do Alô, Alô, Bahia | Foto: Divulgação.